A centralização é um dos maiores problemas encontrados no trabalho dos gestores escolares. O medo de perder a autoridade ao delegar e o receio de que as atividades não sejam desempenhadas com excelência faz com que muitos gestores concentrem em si muitas tarefas e validações de todas as etapas dos processos.
Agindo dessa forma, o gestor se identifica muito mais como um comandante que supervisiona do que um líder do que um líder que mobiliza a sua equipe por melhores resultados educacionais.
Quando um gestor faz seu trabalho delegando autoridade e responsabilidade à equipe, divide o sucesso da escola com o coletivo, assume alguns riscos, compreende que erros acontecem e ganha tempo para se dedicar aos aspectos da gestão que são intransferíveis.
Saber delegar não se traduz em distribuir tarefas. A simples distribuição de um trabalho, deixando ao gestor a prerrogativa das decisões não é uma atitude de delegação. Delegar significa permitir decisões, atribuir responsabilidades e acompanhar a execução dos procedimentos estabelecidos. Por meio desse processo, o gestor abdica de parte da autoridade e estabelece com os envolvidos um vínculo de responsabilidade pelos processos e resultados.
A primeira condição para delegar as tarefas é o conhecimento de cada membro da equipe. O trabalho precisa ser delegado àqueles que podem realizá-lo. É importante ressaltar que não basta ser apenas qualificado, o responsável escolhido deve ser comprometido com o projeto coletivo da escola.
Delegar com eficácia significa dar a tarefa certa à pessoa certa, concedendo-lhe alguma medida de liberdade para que o trabalho se desenvolva de forma mais eficiente e produtiva. Para delegar, o gestor necessita apontar com clareza os objetivos do trabalho, dar instruções completas e compreensíveis, indicar os prazos de entrega, acompanhar o andamento dos trabalhos e colocar-se à disposição para esclarecimentos sempre que for necessário.
Texto: Francisca Paris e Claudio Paris